Meu estranho jeito de amar

Eu não sou romântica, pronto falei. Podem me julgar, podem me jogar pedra, mas eu não sou romântica, não sou. Até pensei que eu pudesse virar uma pessoa romântica depois que eu encontrasse o amor, mas, Não, eu continuo a mesma. E isso não me incomoda. Eu não sou de ligar a cada minuto pra dizer que amo, não chamo de ‘mo morzão, benhe, mor” nem nada do tipo. Não choro em filme romântico. Não sei se isso é ser uma “pessoa romântica”. Não faço essas coisa por que eu não sou assim. Eu amo. Amo muito. Mas não demonstro assim. Acho que tenho um jeito estranho de amar. Demonstro da forma que me vem na cabeça do nada, em um beijo do nada enquanto vemos TV, ou quando eu tenho a necessidade de contar meu dia só para o ouvir ele dizer “que legal”. Amo contar os micos que paguei durante o dia para ele me chamar de “ doida” Ou pra falar “ Essa é minha muié”. Demonstro o meu amor por escutar o dia dele e me interessar. Não sou muito fã de falar no telefone tenho preguiça, demonstro meu amor por falar todos os dias com ele no telefone mas de uma vez. Demonstro meu amor por o chamar ele de ‘Mané” Ou de “ Zeferino”. Demonstro meu amor por falar uma coisa que você não gosta só pra ver sua cara de irritado. Demonstro meu amor por morder a sua mão. Demonstro meu amor por não ligar se ele esqueceu a aliança ou se vai jogar bola toda sexta. Demonstro meu amor por não ligar dele ter amigas, por confiar nele, demonstro por aperta a bochecha dele ate ficar vermelha, demonstro por às vezes esquecer de ligar de propósito só para ele me ligar preocupado e eu ouvir a voz com um tom levemente preocupado, demonstro meu amor por ser brava com ele, e amar ele também ser. Demonstro meu amor por escrever um texto que não contem eu te amo, mas em cada frase é como seu eu gritasse ao mundo isso. Essa é a maneira que eu amo direta e objetiva sem florzinhas nem lengalenga e corações pintados, sem ilusões de achar que tudo é perfeito. Mas ele não é menor do que da forma ‘romântica’ ´só é o meu jeito estranho de amar.